Tuesday, May 27, 2008

Assim

Preciso sempre de papel e caneta na mão
Ao som de Elis
Faço a minha canção
Composta por uma overdose de pensamentos
Que me tomam agora
E me deixam por um triz
Fogem ao meu controle
Criam asas e se procriam em mim
Como uma criança, me sinto
Que por não saber falar
Abre a boca e chora
Sem motivo aparente
Por hora
Sem razão...
Não há agrado que chegue
Não há líquido, nem ar que encha, preencha
É um buraco imensurável assim
Considerável
Só os meus olhos internos podem ver
Difícil distância, deprê
Quero a porta da saída dessa caverna
Esse horror
Contornar a vida com hidrocor
Colorir o engano
Reluzir
Levar as folhas secas pra outro lugar
Respirar fundo
Inundar de mar o meu mundo
Pra essa sujeira boiar...

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