Wednesday, April 11, 2012

Correnteza

Não!
Eu não vou perguntar às cartas
Às pessoas
Vou perguntar a mim

Onde estão os meus reais desejos dentro desse rio?
Não preciso ir tão fundo pra saber
Que nessa correnteza eu não quero ser boia
Não posso simplesmente ser levada, arrastada pra lugar nenhum

O que impede o fluxo?

Eu quero ser galho
Ter um lugar, uma posição fixa
E ali me manter

Lutar contra a força das águas, se assim for preciso
Até sentir que tudo foi por água abaixo
E restou só o que é cristalino
Só a pureza do que sou...

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