Não, não vou chorar
Embora por dentro pareça desabar
Recolho a cena, as palavras, o falar
No sofá fico sentada
Com a respiração muda
Espero a hora passar
Procurando por onde escapar
Meu tudo, agora é pouco
Nada basta, nada há
O inútil se apondera
Perco o sono, perco a fome, por vezes até o ar
Bebo sapo
Engulo lagoa
Enfrento a fúria de um furacão
O fervor de um vulcão
Olho para os pés
Falta-me o chão
Quero pisar...
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